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Lean thinking: o que é e por que aplicar no agronegócio?

14 julho, 2022

Os cinco princípios dessa filosofia podem gerar qualidade superior do produto final, maior eficiência dos processos no campo, eliminação de desperdícios, gestão empresarial mais eficaz e muitos outros ganhos

Você já ouviu falar em lean thinking? Se não ouviu, tudo bem. Vamos esmiuçar o tema aqui, além de falar da importância do método para o agronegócio. O que é importante entender agora é como o lean thinking pode gerar impactos positivos.

A grande empresa russa de agronegócio Kuban AgroHolding, uma das maiores e mais expressivas companhias do setor no mundo, é um ótimo exemplo da união de sucesso entre o lean thinking e o agronegócio.

Em 2013, no Lean Summit da Turquia, o case de sucesso da Kuban AgroHolding foi apresentado. A transformação positiva através do lean thinking ficou evidente pelos números: a receita da empresa cresceu 17,4 vezes; seu lucro líquido aumentou 3,6 vezes; e sua produtividade disparou 18 vezes.

Hoje, o grupo russo conta com mais de 30 empresas de segmentos diversos do agronegócio, servindo de modelo para outras companhias do setor ao redor do mundo.

Vamos, então, entender o que é lean thinking, saber qual sua importância e aprender se é possível aplicá-lo no agronegócio? Boa leitura!

O conceito de lean thinking

O lean thinking é um método voltado para gestão, que conta com técnicas que agregam valor ao produto oferecido ao cliente, visando a diminuição do desperdício e o corte de gastos com a produção dentro da empresa.

O conceito de lean thinking surgiu da filosofia de gestão do lean manufacturing. Este que foi criado no Japão, em meados de 1950, por Taiichi Ohno, criador do Sistema Toyota de Produção (ou lean manufacturing), método baseado em princípios de produtividade, conceito também aplicado pelo empresário Henry Ford e pelo engenheiro Frederick Taylor.

A metodologia proposta pelo lean manufacturing se baseia em dois pilares centrais: a produção com qualidade e a eliminação de desperdícios. A ideia de lean thinking vai nesse sentido também.

Na tradução literal, lean thinking seria “mentalidade enxuta”, que, na prática, significa maximizar o valor do cliente e reduzir o desperdício de uma organização a zero – ou até onde for possível.

Entretanto, ambos os métodos não são idênticos: o lean manufacturing foca na redução de 8 desperdícios, já o lean thinking se baseia na adoção de 5 princípios. Vamos entender cada um deles?

Os 5 princípios da metodologia

Utilizando-se destes 5 princípios do lean thinking, é possível identificar e proporcionar medidas benéficas para a produtividade e o bom rendimento dos recursos de uma empresa.

1- Valor

Para começar a aplicar o lean thinking, é essencial definir o que é valor no produto ou serviço oferecido, sempre focando no cliente final.

Isso pode parecer óbvio, mas não é: se o consumidor enxerga um valor no produto ou serviço adquirido e a empresa fornecedora outro, com certeza alguém está em desvantagem.

Quando existe esse descompasso, normalmente o valor cobrado e o valor que o cliente está disposto a pagar divergem também. Por isso é importante entender, de fato, quanto vale cada produto e serviço para quem compra.

Assim, é possível definir um valor mínimo a ser cobrado para atingir o lucro, sem deixar de lado o que o cliente observa e sente com o produto ou serviço oferecido.

2- Fluxo de valor

Já essa etapa do lean thinking é destinada à análise do processo produtivo, com o objetivo de identificar quais fases de produção realmente agregam valor e fornecem melhorias no produto ou serviço oferecido.

Com esse estudo, é possível descobrir quais etapas são fundamentais neste processo e quais são descartáveis. Esse método busca a diminuição do desperdício e o corte de gastos com a produção dentro de uma empresa.

Então, entender o que agrega pouco ou nenhum valor ao produto ou serviço oferecido é parte essencial.

3- Fluxo contínuo

Agora que o valor do produto ou serviço foi determinado e as etapas de produção desnecessárias foram eliminadas, é hora de transformar o modelo de produção em um fluxo contínuo.

Nessa fase do lean thinking, é importante avaliar as estratégias de produção e entender se o processo está sem pausas e sem perdas de tempo no desenvolvimento logístico.

Aqui, o foco é na produtividade e no atendimento ao cliente de forma eficaz e rápida.

4- Produção puxada

Essa etapa do lean thinking tem como objetivo reduzir ao máximo a quantidade de produtos prontos em estoque.

A produção puxada está diretamente ligada ao conceito de just in time, filosofia de reorganização que visa alavancar o sistema produtivo e eliminar os desperdícios.

Esse processo é importante, porque os produtos são vendidos com agilidade, sem a necessidade de ações desesperadas de queima de estoque excedente como promoções, descontos ou ações especiais.

5- Perfeição

A última etapa do lean thinking talvez seja a mais importante. Você pode estar pensando enquanto lê: mas a perfeição não existe. E você está certo, a perfeição dessa fase compreende essa afirmação.

Aqui, a ideia é que, num mundo em constante mudança e inovação, não existe uma perfeição estática, que normalmente é a que imaginamos, mas sim uma perfeição baseada em melhoria contínua. No japonês, é isso é chamado de kaizen.

O kaizen é um conceito que foca na melhoria progressiva dos processos de qualquer organização, em busca da otimização dos produtos e serviços.

No método lean thinking, o kaizen é o responsável pelo aperfeiçoamento em todos os processos envolvendo o fluxo de valor.

Lean thinking no agronegócio

Explicado o conceito de lean thinking e como funcionam todos os seus princípios, vamos falar sobre o principal: por que usar o método no agronegócio?

Apesar dos grandes avanços em novas tecnologias e técnicas que são grandes aliadas do setor, o agronegócio ainda enfrenta seus desafios de gestão. E é aí que o lean thinking pode ajudar muito.

Através dos 5 princípios da metodologia, aplicados no agronegócio, é possível ver mudanças extremamente positivas, como as citadas no início do artigo, com o caso Kuban AgroHolding.

O lean thinking é um método versátil, considerado uma filosofia que pode ser facilmente alinhada com os objetivos de qualquer negócio.

Os princípios da metodologia lean thinking geram impactos positivos dentro dos processos de produção: os desperdícios são eliminados, a produtividade é turbinada e o produto ou serviço passa a ser oferecido ao cliente com mais assertividade.

A longo prazo, o lean thinking ajuda as empresas a reduzirem seus custos operacionais, otimizar o ciclo de produção e tornarem-se mais atrativas e competitivas no mercado.

No agronegócio não é diferente, o lean thinking tem muito a agregar ao segmento: qualidade superior do produto final, maior eficiência dos processos no campo, alto engajamento de todos os setores da empresa, eliminação de atrasos e problemas, gestão empresarial mais eficaz e muitos outros ganhos.

Soluções SAP para o agronegócio

Como vimos no artigo, a metodologia lean thinking pode ser uma grande aliada do setor, no aperfeiçoamento de todos os processos de negócios, inclusive na gestão da empresa.

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