As empresas de bens de consumo na era digital: maximizando resultados
A transformação digital, aliada à conexão e integração de todo ecossistema das empresas de bens de consumo, é o caminho para melhores entregas e atuações internas, além de destaque no mercado
A pandemia mundial da covid-19 alterou de forma significativa os padrões de consumo da sociedade – como já discutimos em alguns artigos em nosso blog –, bem como as formas de comprar e adquirir produtos.
As compras online passaram a ser mais requisitadas, principalmente, pela segurança, além da comodidade e da era digital. Nesse cenário, não foi só o segmento de varejo que passou a sofrer mais pressão, o setor de bens de consumo vive a mesma realidade.
De produtos de saúde a itens de decoração: tudo é comprado com muita agilidade, com um clique só. Logo, é esperado que as entregas e os atendimentos tenham a mesma velocidade.
O crescimento repentino do e-commerce coloca à prova a resistência da conexão de todo o ecossistema de bens de consumo, expondo fraquezas na cadeia de suprimentos e destacando a urgência da transformação digital em todo o setor.
Então, como as empresas de bens de consumo podem, além de sobreviver, prosperar nessa era digital? Nós temos algumas ideias!
Bens de consumo: a transformação digital do setor
Para entender melhor como as empresas de bens de consumo estão nesse cenário atual, a SAP e a Oxford Economics entrevistaram 3 mil executivos seniores, que atuam em 10 segmentos, entre eles 300 neste setor.
Para esses executivos de empresas de bens de consumo, a entrega de resultados personalizados é a prioridade máxima. Mais do que seus pares em outros setores, eles têm plena consciência da crescente demanda por produtos e serviços personalizados: cerca de 73% versus 68% no geral.
Depois da necessidade de apresentar resultados personalizados, esses executivos elencam, por ordem de importância, as seguintes demandas: desenvolver uma cadeia de suprimentos digital; habilitar novos modelos de negócios; integrar parceiros externos para criar um ecossistema competitivo; oferecer remuneração/benefícios competitivos; requalificar os colaboradores em tecnologias emergentes; liderar com propósito.
Cerca de 41% das empresas de bens de consumo afirmam que suas cadeias de suprimentos são altamente complexas, contra 29% dos demais setores. São elas, as cadeias de suprimentos atualizadas, que são capazes de comportar essa personalização de produtos e serviços para as empresas de bens de consumo
As cadeias de suprimentos atualizadas oferecem rastreamento em tempo real, desde a compra até a entrega do pedido, além de uma linha direta de atendimento ao cliente em qualquer etapa do processo.
A grande munição da rede estendida – de fornecedores e fabricantes a clientes e parceiros de logística – é uma cadeia de suprimentos digital, que comporta novas tecnologias e habilita as empresas de bens de consumo a se tornarem mais flexíveis e ágeis no planejamento e resposta às constantes mudanças na demandas do consumidores.
Pensamento sistêmico: o norte das empresas de bens de consumo
Como mencionamos na introdução, as empresas de bens de consumo enfrentam grandes desafios com tantas mudanças sociais, econômicas e políticas, devido aos impactos da pandemia da covid-19.
O setor de bens de consumo está progredindo, mas ainda há trabalho a fazer para atualizar a colaboração, o compartilhamento de dados e os processos de talentos.
Lendo a pesquisa da SAP com a Oxford Economics, que foi publicada em 2020, e avaliando todo o cenário durante a pandemia, nos deparamos com um grande aliado do setor: o pensamento sistêmico.
Mas, afinal, o que é isso? De acordo com a própria pesquisa, “pensamento sistêmico é uma forma de ver toda a teia de relações internas e externas ao firewall organizacional como uma entidade unificada que opera de modo suave, dinâmico e como parte de uma estratégia coesa”.
Ou seja, o pensamento sistêmico, quando aplicado às empresas de bens de consumo, diz respeito à eliminação de silos internos, ao trabalho mais conectado com parceiros externos e à garantia de que processos e metas estejam alinhados em todo o ecossistema.
Além disso, essa metodologia também proporciona aos colaboradores um senso de propósito: entender como a empresa se relaciona com o mundo ao seu redor é uma expressão madura do pensamento sistêmico.
As empresas de bens de consumo podem maximizar seus esforços colaborativos aplicando as mesmas estratégias que implementaram com vendas, serviços e marketing a outras funções.
Vale destacar também que tecnologias como a Inteligência Artificial, a automação de processos robóticos e o Machine Learning são grandes apostas para esse setor, por facilitarem essas interações que o pensamento sistêmico propõe.
Maximizando resultados: três apostas para o segmento
O estudo da SAP e da Oxford Economics elucida alguns caminhos a seguir, para aplicar os conceitos do pensamento sistêmico, a fim de colaborar com as estratégias das empresas de bens de consumo a longo prazo.
A pesquisa aposta em três atuações muito interessantes:
1- Compartilhe dados relevantes dentro e fora da empresa
Possibilitar e garantir que as pessoas certas, incluindo fornecedores de segunda e terceira camadas, tenham acesso seguro às informações adequadas impulsiona a eficiência, a produtividade e a agilidade de resposta.
Os consumidores finais cobram cada vez mais pelo compartilhamento de dados sobre fornecedores e o compliance, aliado à metas corporativas, da empresa – como posicionamentos sobre sustentabilidade e ética, por exemplo.
2- Aumente a colaboração e a conexão com a função financeira
O aumento das compras e vendas online torna necessária a sintonia das empresas de bens de consumo com a função de finanças para gerenciar com eficácia os picos na demanda por produtos.
Outro ponto importante é a lucidez quanto ao cenário atual e o acompanhamento próximo em relação aos impactos políticos, econômicos e sociais que eventos, como a pandemia da covid-19, têm no custo de materiais e na demanda e no poder aquisitivo de consumidores.
3- Concentre-se em atrair os melhores talentos
A interconectividade das empresas de bens de consumo depende do engajamento de todo o pessoal – dos estagiários aos executivos. Então, uma equipe qualificada é essencial para operar complexos sistemas de comunicação e plataformas de compartilhamento de dados.
A tecnologia e a inovação maximizam a capacidade de integração, claro, mas são os colaboradores comprometidos e altamente treinados que impulsionam o pensamento sistêmico.
Inovação e bens de consumo são temas da Essence
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