Tendências do varejo para 2023: transformação digital é a chave
Metaverso, sustentabilidade, Geração Z, economia circular e vendas diretas estão entre as apostas para o próximo ano – tecnologia e inovação são os grandes temas quando se fala em tendências do varejo
O setor varejista é o que mais investe em tecnologia para auxiliar seus negócios no Brasil. O dado é da pesquisa da Córtex, empresa de inteligência de vendas B2B, que avaliou mais de 233 mil empresas e, deste total, 19 mil empregam capital em soluções tecnológicas.
A principal justificativa dessas organizações para tal investimento é a necessidade de oferecer recursos para atender seus clientes. O estudo aponta também que, quanto maior for a empresa, maior será sua aplicação em inovação.
Atualmente, o varejo passa por mudanças significativas provocadas, principalmente, por novas tecnologias, redes sociais e internet. Analisando esses fatores aliados à pesquisa da Córtex, é impossível falar de varejo sem mencionar a transformação digital.
2023 já está aí e é fundamental que investiguemos quais as tendências do varejo para este próximo ano, sem deixar temas como inovação e novas tecnologias de lado. Varejo e transformação digital vão andar cada vez mais juntos daqui para frente.
Vamos falar sobre as tendências do varejo para 2023? Boa leitura!
O varejo atual
Dezembro de 2022 marca quase três anos do início da pandemia mundial da covid-19, em março de 2020. Todos os setores da economia sofreram grandes impactos com essa realidade que extrapolou a questão de saúde pública – a pandemia causou rearranjos na economia, na sociedade, na política e, é claro, no varejo.
O Relatório Varejo 2022, realizado pelas consultorias KPMG e Adyen, consultou 10 mil varejistas de 23 países e 40 mil consumidores de 26 países. O Brasil se destacou em alguns dados.
Cerca de 83% dos entrevistados brasileiros afirmaram estar usando mais aplicativos de compras agora do que antes da pandemia, número muito acima da média global, que configura 53%.
Além disso, ainda no panorama nacional, 85% dos entrevistados disseram que buscam estabelecimentos que ofereçam uma jornada de compras multicanal e 52% manifestaram que desistem da compra se não puderem pagar da maneira que preferirem.
Simplificando, a pesquisa aponta para o que afirmamos na introdução: as empresas varejistas que ainda resistem à transformação digital caminham precisamente para fora do mercado.
Nesse sentido, as tendências do varejo para 2023 estão fortemente ligadas à tecnologia e à transformação digital. Vamos entender quais são as apostas para o próximo ano?
2023 e as tendências do varejo
Com a melhora dos casos da covid-19 e com o leque de desempenho mais bem posicionado para os diferentes setores da economia global, o mercado corre contra o tempo para se reinventar e traçar novos caminhos com essa nova realidade.
O varejo segue nessa toada e tenta entender o que vem por aí. Nesse sentido, a NRF, maior feira do setor do mundo, que acontecerá em janeiro de 2023 em Nova Iorque, já dá pistas das tendências do varejo para o próximo ano.
A NRF se prepara para receber 5 tendências do varejo em sua próxima edição. Confira quais são elas:
1- Metaverso
Termo usado para indicar um tipo de mundo virtual que tenta replicar a realidade através de dispositivos digitais, metaverso é um espaço coletivo e compartilhado, que é o resultado entre a fusão de três tecnologias: Realidade Virtual, Realidade Aumentada e Internet.
O metaverso é uma das tendências do varejo, porque sua experiência vai além das compras, o espaço é um novo ponto de contato com os clientes.
Recentemente, a Americanas S.A. criou uma loja própria no metaverso do GTA Roleplay (GTA RP) – mod para PC que transforma o jogo em um RPG online –, para interagir com o público gamer, passando a ser reconhecida também neste cenário.
Segundo um estudo da Raydiant, plataforma estadunidense de gerenciamento em varejo, 56,6% dos consumidores preferem comprar online do que pessoalmente – o que significa um aumento de 10% em comparação a 2020.
Já uma pesquisa da PwC, grande consultoria e auditoria mundial, aponta que 32% dos usuários de óculos de Realidade Aumentada fizeram compras em plataformas do metaverso na primeira metade de 2022.
2- Geração Z
Nascidas entre 1995 e 2010, as pessoas da Geração Z – definição sociológica para esse grupo – estão ganhando mais poder aquisitivo e consumindo cada vez mais.
De acordo com o Mercado Livre, 25% dos compradores da Black Friday nasceram nesse período.
Nesse sentido, estudar e direcionar as demandas desse grupo para o setor é uma das grandes tendências do varejo.
Focada em tecnologia e internet, a Geração Z compra majoritariamente online, consome com assiduidade as redes sociais, como o TikTok, e aspira consumir aquilo que está mais em voga no mercado.
3- Economia circular
Uma das tendências do varejo para 2023 é a economia circular, conceito que associa desenvolvimento econômico a um melhor uso de recursos naturais.
Como já mencionamos, a pandemia da covid-19 trouxe mudanças drásticas em todos os aspectos econômicos e sociais, com grande destaque para as compras.
Repensar seu próprio consumo está sendo um movimento bem latente nos dias de hoje por vários grupos, incluindo a Geração Z.
Até as lojas de fast fashion – padrão de produção e consumo no qual os produtos são fabricados, consumidos e descartados rapidamente, se baseando no barateamento da mão de obra e das matérias-primas – estão aderindo à tendência.
A Zara, por exemplo, anunciou que lançará revenda, conserto e doação de roupas através de seu e-commerce, começando o piloto pelo Reino Unido.
4- Sustentabilidade
Além da economia circular, a pandemia despertou (ainda mais), no geral, um senso de cuidado com o meio ambiente e atração pela sustentabilidade.
O consumidor final busca marcas e produtos fabricados com maior consciência ambiental, além de demonstrar interesse pela atuação das empresas – como os processos internos e externos acontecem e quais as bandeiras sustentáveis que elas levantam.
Uma das tendências do varejo que está em alta são as boas práticas socioambientais. Nesse quesito, os princípios ESG (Environmental, Social and Governance) – métricas ambientais que contribuem para demonstrar o nível de comprometimento organizacional de uma companhia – têm um grande peso para as empresas.
Projetos como eureciclo e a denominação das organizações como “Empresa B” – aquela que tem como modelo de negócio o desenvolvimento social e ambiental – são objetivos a serem adquiridos pelas companhias mundo afora.
5- Vendas diretas
“Corte os intermediários” era um lema das startups há alguns anos. Atualmente, essa ideia se tornou uma das tendências do varejo.
Isso porque o número de marcas que vende diretamente para o consumidor final está crescendo cada vez mais.
Antes, a iniciativa tinha o objetivo de garantir um custo menor de produto e um atendimento diferenciado, mais próximo do cliente.
Já agora, essa postura é uma estratégia para as empresas varejistas continuarem competitivas, mesmo em momentos de maior inflação.
Esse é um bom modelo para seguir já que entendemos, vivendo na pele, os impactos que uma pandemia traz durante e depois de seu boom.
A tecnologia nos próximos anos
A IDC divulgou sua pesquisa The Future of Trust, com algumas previsões para os próximos anos, que tocam muito no ramo da tecnologia da informação (TI).
Nesse estudo, destacam-se insights orientados por dados, passando por temas como privacidade, segurança, conformidade, riscos e ESG como apostas futuras.
Confira algumas outras tendências do varejo e de outros setores para os próximos anos:
1- Segurança
Até 2026, 30% das grandes organizações empresariais migrarão para centros de operações de segurança autônomos acessados por equipes distribuídas para remediação, gerenciamento de incidentes e respostas mais rápidas.
Além disso, 35% das organizações empregarão um engenheiro de privacidade para operacionalizar os princípios de privacidade por design em sistemas de TI, processos e estratégia de desenvolvimento de produtos até 2024.
2- Privacidade
Cerca de 30% das organizações altamente regulamentadas adotarão tecnologias de computação confidenciais para combinar e enriquecer dados confidenciais críticos para aplicativos de computação multipartidários, preservando a privacidade, até 2024.
3- Computação em nuvem
Até o fim de 2024, 65% das grandes empresas exigirão controles de soberania de dados de seus provedores de serviços em nuvem para aderir aos requisitos regulatórios de proteção de dados e privacidade.
4- ESG
Em torno de 30% das organizações avançarão suas métricas ESG e gerenciamento de dados, além dos recursos de geração de relatórios para gerar custos e vantagens competitivas sustentáveis.
Ademais, 75% das grandes empresas implementarão softwares de gerenciamento de dados ESG e relatórios específicos como resposta à legislação emergente e ao aumento das expectativas das partes interessadas. Tudo isso até 2024.
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